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Cunha deve anunciar hoje que aceita a denúncia contra Dilma, abrindo o caminho para o impeachment

É o que está decidido até agora, se não houver nenhuma intercorrência; posição do PT no Conselho de Ética definiu a questão

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h58 - Publicado em 2 dez 2015, 16h04
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  • Se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não mudar de ideia, deve anunciar ainda nesta quarta o acolhimento da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff protocolada por Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr. Pode ser o primeiro passo de uma trajetória que acabará culminando com o impeachment da presidente.

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    As negociações com o PT chegaram ao fim. Os três deputados do partido no Conselho de Ética anunciaram que devem votar contra os interesses do presidente da Câmara, admitindo, pois, a denúncia contra ele no Conselho de Ética, por quebra do decoro parlamentar. São eles: Valmir Prascidelli (SP), Leo de Britto (AC) e Zé Graldo (PA).

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    Dos 21 votos, estima-se que Cunha conte hoje com 10 a seu favor — ele precisa de ao menos 11. Pois é… Se os petistas realmente se opuserem ao deputado e se as expectativas se cumprirem sobre os demais votos, o placar vai para 10 a 10, e o voto de Minerva será do presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).

    Um novo busílis virá à tona: nesses casos, não é imposição de regimento, lei ou outra coisa qualquer, mas é praxe: em caso de empate, os presidentes de assembleias e conselhos costumam votar em favor do réu ou assemelhado — assim é também nos tribunais.

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    Araújo, que tem de votar por último, teria de fazer o contrário e dar o seu voto de Minerva contra Cunha.

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    Voltemos a Dilma
    O que acontece se Cunha realmente admitir a denúncia. O Artigo 218 do Regimento Interno da Câmara aponta os próximos passos.

    Pois é… Antes de marcar um encontro com o seu passado, que tem tudo para ser fatal para a sua carreira política, Cunha prestou grandes serviços ao país na presidência da Câmara, já escrevi aqui e mantenho. Destaco dois:
    – a mal chamada PEC da Bengala; caso Dilma fique até 2018 (toc, toc, toc), poderia nomear mais cinco ministros do Supremo. Com a possibilidade de os ministros se aposentarem aos 75, esse risco baixou a quase zero;

    – enterrou a reforma política aloprada do PT.

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    Com o Brasil à beira do abismo econômico e, dado que Dilma já demonstrou não ter resposta nem técnica nem política para o que aí está, Cunha pode prestar ao país um outro grande serviço: abrir a possibilidade de ela, em razão de sua obra, e não de golpe nenhum, ser apeada do poder.

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