Por Roberto Lameirinhas, no Estadão:
De acordo com o analista, a piora do estado de saúde da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, em poder das Farc desde 2002, complicou a estratégia da guerrilha de ganhar tempo para tentar romper o cerco do Exército. ‘Do ponto de vista militar, as Farc pouco podem fazer além de intensificar a guerra de guerrilha para evitar o avanço das forças oficiais, que contam com mais informação de inteligência do que jamais contaram em 40 anos de guerra’, afirmou Castrillón. ‘O risco maior agora é o de que as Farc recuperem a capacidade de células urbanas neutralizadas após a chegada do presidente Álvaro Uribe ao poder e voltem a atacar as grandes cidades .’
Segundo Castrillón, as Farc insistem em exigir do governo a desmilitarização dos municípios de Florida e Pradera porque assim teriam uma base territorial se gura para reorganizar as ações de selva e operações urbanas. ‘Há poucas opções para a guerrilha, pelo menos enquanto Uribe estiver no poder. Por enquanto, a solução negociada, com anistia e reinserção de guerrilheiros, está fora de cogitação’, disse.
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