A principal estratégia dos terroristas é enviar ao exterior representantes que ganham o status de refugiados políticos. El Tiempo dá nomes de alguns membros do grupo em vários países, e, claro, no Brasil. Sobre o Bananão, está lá: “(…) o contato das Farc, Francisco Antonio Caderna Collazos, o ‘Camilo’ — casado com uma professora brasileira e encarregado de trocar cocaína por armas e do recrutamento de simpatizantes —, não pôde ser extraditado para a Colômbia porque goza do status de refugiado desde 2006”.
Quem é esse? Ora, é o notório padre Olivério Medina, lembram? Aquele que participou, certa feita, de uma reunião com petistas em Brasília e que chegou a prometer, segundo um agente da Abin, doar US$ 5 milhões para a campanha de Lula à Presidência, em 2002. A VEJA contou a história numa reportagem, cuja íntegra está aqui: “Documentos guardados dos arquivos da Abin contam tudo. O principal foi datado de 25 de abril de 2002, está catalogado com o número 0095/3100 e recebeu a classificação de ‘secreto’. Em apenas uma folha e dividido em três parágrafos, esse documento informa que, no dia 13 de abril de 2002, um grupo de esquerdistas solidários com as Farc promoveu uma reunião político-festiva numa chácara nos arredores de Brasília. Na reunião, que teve a presença de cerca de trinta pessoas, durou mais de seis horas e acabou com um animado forró, o padre Olivério Medina, que atua como uma espécie de embaixador das Farc no Brasil, fez um anúncio pecuniário. Disse aos presentes que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção.”
Evidentemente, os tontons-maCUTs se encarregaram de acusar uma “conspiração”. Collazos — também conhecido por Camilo e Medina —, que padre não é, foi adotado pelos esquerdopatas locais e tratado como uma vítima do governo legal da Colômbia. E, agora, está livre para agir.
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