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Ao pedir liberdade, executivo se compromete a não fazer doações a políticos

Por Daniel Haidar, de Curitiba. Vou voltar ao assunto. O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Mendes, apresentou nesta sexta-feira à Justiça Federal do Paraná pedido para responder em liberdade o processo decorrente da Operação Lava Jato – em troca, se compromete a não mais fazer doações a políticos, o que é legal se declaradas à […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h36 - Publicado em 21 nov 2014, 17h46

Por Daniel Haidar, de Curitiba. Vou voltar ao assunto.
O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Mendes, apresentou nesta sexta-feira à Justiça Federal do Paraná pedido para responder em liberdade o processo decorrente da Operação Lava Jato – em troca, se compromete a não mais fazer doações a políticos, o que é legal se declaradas à Justiça Eleitoral. Na Lava Operação Jato, porém, os investigadores afirmam que mesmo os repasses declarados eram uma forma de lavar dinheiro desviado da Petrobras. 

O executivo também se compromete a entregar passaporte, ficar em “recolhimento domiciliar noturno”, não fazer viagens ao exterior sem autorização judicial e a fornecer todos os livros e documentos contábeis da Mendes Júnior à Justiça. Também disse que se compromete a não participar de formação de cartel para tocar obras públicas.

De acordo com a petição apresentada pelo advogado Marcelo Leonardo, que defende Mendes, a empresa “não tem nenhuma dificuldade” para assinar, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no sentido de “nunca mais fazer doação para campanhas de partidos políticos”.

O vice-presidente da Mendes Júnior está preso preventivamente desde que se entregou no fim da noite de sexta-feira. Ele chegou a Curitiba em um jato particular. Em depoimento à Polícia Federal, o executivo alegou que foi chantageado pelo doleiro Alberto Youssef. Mendes afirmou que teve de pagar 8 milhões de reais em propinas para o doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para evitar a perda de contratos com a estatal. Os pagamentos foram feitos pela Mendes Júnior para as empresas GFD Investimentos e empreiteira Rigidez, controladas pelo doleiro, em contratos fraudulentos, sem que houvesse qualquer tipo de prestação de serviços, como o próprio executivo admitiu.

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“Alberto Youssef, agindo em nome de Paulo Roberto Costa, exigia que a Mendes Júnior efetivasse o pagamento de vantagem indevida para que a empresa continuasse a desenvolver os projetos já em andamento e a ser convidada para processos licitatórios futuros. (Mendes disse) que concordou em fazer pagamentos, pois, caso não fizesse, o diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa poderia, de fato, prejudicar os pagamentos da Petrobras direcionados à Mendes Júnior por contratos em execução e excluí-la de novos convites”, diz o depoimento do vice-presidente da Mendes Júnior.

Já o diretor de Óleo e Gás da Mendes Júnior, Rogério Oliveira, afirmou em depoimento à polícia que Youssef exigiu um porcentual de 2,2% a 2,4% de propina por três aditivos feitos pela Petrobras em contrato com a Mendes Júnior sobre a obra do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho e por um aditivo na Refinaria de Paulínia. A Mendes Júnior também fechou um contrato de 2,7 milhões de reais, pelo consórcio formado por Mendes Júnior, MPE e SOG, com uma empresa do doleiro, para disfarçar o pagamento de suborno, como revelou o site de VEJA. 

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