A Folha faz questão de ignorar que há uma luta pelo controle do aparelho estudantil da USP: de um lado, o PT, um pouco mais moderado; de outro, uma miríade de facções de extrema esquerda, liderada pelo PSTU e com ativa participação do PCO. Acontece que apontar isso corresponde a negar um viés da cobertura, a saber: existira um novo movimento estudantil, não mais atrelado a partidos. É interessante: isso não deixa de ser útil aos grupelhos de extrema esquerda, que, assim, NATURALIZAM A SUA MILITÂNCIA. A invasão da reitoria não seria uma escolha política, mas uma decorrência das dificuldades da universidade. Um dia, todos ficam de saco cheio e tomam o Palácio de Inverno.E essa leitura também paga um tributo ao PT: como boa parte dos líderes não é ligada ao partido, então é como se não existisse política ali, entenderam?