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Reinaldo Azevedo

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A costela de Dilma e a democracia

Epa, epa, epa!!! As coisas estão começando a se complicar. Dilma tinha decidido largar Erenice ao mar — ao menos aos olhos da opinião pública (que Lula já resumiu ao petismo; ele sabe que não é bem assim) —, e agora recua um tantinho. Tratava-se de uma “ação controlada”. A companheira está com advogados caros, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h10 - Publicado em 21 set 2010, 18h18

Epa, epa, epa!!!

As coisas estão começando a se complicar. Dilma tinha decidido largar Erenice ao mar — ao menos aos olhos da opinião pública (que Lula já resumiu ao petismo; ele sabe que não é bem assim) —, e agora recua um tantinho. Tratava-se de uma “ação controlada”. A companheira está com advogados caros, protegida etc, mas a “Operação Descolamento” parecia excessiva. Erenice, a costela, deve ter achado que Dilma, o corpo, estava se distanciando demais. Ela sabe como é a lógica do poder. Os interesses são grandes demais. Deve ter sentido cheiro de carne queimada no ar — a sua — e pedido para que não exagerassem.

Dilma hoje voltou um tantinho atrás. Ela continua a não ter nada com isso, a não responder pelo filho da sua assessora, mas se viu forçada a preservar Erenice mais do que vinha fazendo. Na entrevista ao Bom Dia, Brasil, da Globo, indagada sobre a lambança, afirmou: “Até hoje, eu nunca vi nenhuma prova, nenhuma ação inidônea da ex-ministra Erenice, o que não significa que ela não está acima da suspeita”. E acrescentou: “Não posso ser responsabilizada pelo que faz o filho ou parente de alguém.”

Que é isso, “tia”? Vamos ver. Não sei o que Dilma chama de “prova”. Erenice se encontrou com pelo menos dois clientes de seu filho e transformou a família, marido incluído, numa verdadeira “rede social”. A piada de que ela montou o seu próprio Bolsa Família fala por si. Será isso “idôneo”? Fica difícil para Dilma tratar dessas coisas quando sabe que a outra foi sua parceirinha no dossiê contra FHC-Ruth Cardoso, que a então ministra chamou de “banco de dados”, e quando a dupla atuou também no processo de venda da Varig, tão cheio de heterodoxias — a começar pela atuação de Roberto Teixeira, o primeiro-compadre.

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Tudo o que já se sabe sobre a atuação da costela de Dilma é inidôneo o bastante para alguém ocupar o cargo ou de secretária-geral da Casa Civil ou, pior!, de ministra de Estado.  Pergunta à candidata: a partir de que limite a coisa deixaria de parecer “idônea”?

Em boa parte das democracias do mundo, o que se tem até agora seria o bastante para liquidar uma candidatura à Presidência em duas frentes ao menos: a política propriamente e a legal. Por aqui, o barco vai sendo tocado. E já há pretensos intelectuais independentes e jornalistas falsamente neutros alertando para a suposta tentativa de impedir que a vontade do eleitor se realize etc e tal. Trata-se, no país que pediu a aprovação do projeto Ficha Limpa, de usar a urna como tribunal, mas um tipo especial: um tribunal de absolvição.

Corolário: evoca-se o princípio democrático para limpar a barra de quem atuou para ferrar a democracia.

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