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Real Estate

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Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário
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O cenário otimista para o mercado imobiliário em 2024

Setor deve continuar aquecido e será beneficiado pela continuidade da queda da taxa de juros

Por Renata Firpo
Atualizado em 8 Maio 2024, 16h49 - Publicado em 18 jan 2024, 09h59
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  • O ônibus da Expedição VEJA em Jundiaí (SP)
    Governo ampliou investimentos para tentar reduzir o déficit habitacional (Jonne Roriz/VEJA)

    Embora 2024 mal tenha ainda começado, já é possível observar algumas tendências da área imobiliária para o restante do ano. Uma delas é que o mercado no Brasil vai seguir com valores mais altos, dando continuidade ao ciclo de aumento dos preços dos imóveis. Os valores subiram mais de 5% em 2023 em relação ao ano anterior, conforme o índice Fipe/ZAP publicado no último dia 9.

    Mesmo com um custo mais alto dos imóveis, o mercado deve se manter aquecido. Isso porque não é apenas o preço o fator decisivo para a compra de um imóvel. Outros fatores contribuem significantemente na hora da tomada dessa decisão, seja para uso próprio ou investimento.

    Um desses fatores é a gradativa queda das taxas de juros do crédito imobiliário. Mesmo com reduções tímidas, o movimento indica um breve futuro de facilidade para adquirir o imóvel, já que financiar o pagamento por meio do aporte financeiro do banco é, muitas vezes, a única possibilidade de realizar o sonho da casa própria de muitos brasileiros.

    ESTABILIDADE ECONÔMICA

    Outro fator que contribui para a continuidade do aquecimento do mercado imobiliário é a confiança no governo. Ainda que muitos mantenham críticas às políticas econômicas, a passagem do marco de um ano do novo governo estabiliza os ânimos do mercado. Passados os primeiros doze meses, a margem para sustos se estreita. Nesse período, os agentes já se adaptaram às novas diretrizes do Lula 3. Isso transmite ao ambiente financeiro uma sensação de mais segurança, dando espaço para que os investimentos possam acontecer.

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    Os insumos da construção civil tiveram um aumento significativo e esse custo acaba entrando na conta dos novos empreendimentos que estão sendo planejados, pesando no preço final para os consumidores que buscam construir suas casas ou comprar unidades na planta.

    Por fim, o alto déficit habitacional brasileiro (segundo a Fundação Getúlio Vargas, ele é de 5.8 milhões de famílias) mantém uma constante demanda por imóveis e, seguindo a regra básica do capitalismo, toda vez que existe uma demanda por um produto, este tende a se valorizar. O governo reservou 13.7 bilhões na proposta de orçamento deste ano para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida. O valor representa uma alta de 41.1% em relação ao ano passado. Todo esse investimento público, a busca por moradia e também os novos regramentos urbanos dos municípios contribuem para o crescimento de oferta residenciais.

    Seguindo a previsão da astrologia chinesa, 2024 é o ano do dragão, o que significa um período de prosperidade e sucesso. Parece que está bem alinhado com as notícias do aquecimento do mercado imobiliário, juros mais baixos e segurança econômica.

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