Na reunião gravada clandestinamente por Alexandre Ramagem em 25 de agosto de 2020, o então presidente Jair Bolsonaro disse ter ouvido de Wilson Witzel, que à época era governador do Rio, uma proposta que envolveria barrar as investigações do contra Flávio Bolsonaro pela suposta “rachadinha” com salários de funcionários na Alerj em troca da indicação para uma vaga no STF.
“O ano passado (2019), meio do ano, encontrei com o Witzel. Não tinha esse problemão, era bem pequenininho o problema. Ele falou: ‘Resolvo o caso do Flávio. Me dá uma vaga no Supremo’”, diz Bolsonaro na gravação. Participavam da reunião o próprio Ramagem, que comandava a Abin, o então chefe do GSI, general Augusto Heleno, e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, que defendiam Flávio Bolsonaro das acusações de “rachadinha”.
Depois da revelação, Heleno exclama: “Chantagista!”
Na sequência, Bolsonaro retoma a palavra: “Não é chantagem, não. É sede de poder. Agora, você sabe o que que vale você ter um ministro irmão teu no Supremo.”