Com sete pedidos de abertura de processo de impeachment contra Wilson Witzel, a Assembleia Legislativa do Rio se tornou um lugar hostil ao governador do estado – que tenta, por enquanto sem sucesso, melhorar sua relação com os deputados.
Nos bastidores da Casa, a percepção é de que a situação de Witzel é muito frágil e que é questão de tempo para que processo de impedimento seja tirado da gaveta.
A explicação não é difícil: sem base política e sem alguém para fazer a interlocução com os parlamentares depois que André Moura foi mandado embora, o governador se tornou ainda mais impopular após ser alvo de investigação pela PGR.
O resultado é que, no momento, ninguém quer ter o nome vinculado ao governador. “Parece que é caso perdido”, resumiu ao Radar um interlocutor.
Como manda a política, talvez ainda seja cedo para um diagnóstico tão preciso. A esperança de Witzel está nos cinco deputados estaduais que estavam presos pela Operação Furna da Onça e reassumiram seus mandatos na semana passada. Recém-chegados, eles podem dar sobrevida ao governador.