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Brasil

Vinte dias após ação da PF, espionagem da Abin intriga ministros do STF

Apesar de o Supremo ter autorizado a operação contra o serviço secreto, até hoje nem os ministros da Corte sabem se foram vítimas

Por Robson Bonin SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h11 - Publicado em 10 nov 2023, 06h01

OLHOS E OUVIDOS - Abin: atribuição de coletar dados que auxiliem o presidente da República a tomar decisões — Entrada da Abin em Brasília - Agência é investigada por suspeita de montar estrutura paralela de espionagem (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Há 20 dias, a Abin de Luiz Fernando Corrêa foi alvo de uma operação da Polícia Federal, ordenada pelo STF, por suposta espionagem contra adversários de Jair Bolsonaro. Até hoje, nem os próprios ministros da Corte sabem se a ação realmente ocorreu.

“Todos acham que sim, mas ninguém tem certeza”, diz um interlocutor do Supremo.

Nesta semana, o TCU recebeu um pendrive da Abin com dados sobre o tal programa espião. O material, no entanto, não ajuda a resolver o mistério.

Convocado a dar explicações no Senado, o chefe da Abin disse que não sabia de nada sobre espionagem. “E o senhor se sente confortável no cargo?”, questionou Renan Calheiros. “Sim”, disse Corrêa.