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Lula denunciado pela Lava-Jato por lavagem de dinheiro

Força-tarefa em Curitiba acusa o ex-presidente de dissimular o repasse de 4 milhões de reais na forma de doações da Odebrecht ao Instituto Lula

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2021, 01h50 - Publicado em 14 set 2020, 16h28
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  • A força-tarefa da Lava-Jato no Paraná apresentou nesta segunda denúncia contra o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelo crime de lavagem de dinheiro.

    O trio é acusado de dissimular doações da Odebrecht ao Instituto Lula de 4 milhões de reais entre dezembro de 2013 e março de 2014.

    Os valores ilícitos foram repassados mediante quatro operações de doação simulada, cada uma no valor de 1 milhão de reais, diz a Lava-Jato.

    “A existência de contas correntes informais de propinas entre as empreiteiras Odebrecht e OAS com o Partido dos Trabalhadores, a partir das quais foram repassados valores milionários para a aquisição e reforma de imóveis em favor do ex-presidente Lula – uma cobertura triplex no Guarujá/SP e um sítio em Atibaia – já foram reconhecidas pelo Juízo Federal da 13ª Vara de Curitiba e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No âmbito desses processos criminais também foi reconhecido que tais contas correntes de propina foram alimentadas com vantagens indevidas auferidas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht mediante a prática de crimes de cartel, licitatórios e de corrupção em detrimento da Petrobras”, diz a Lava-Jato.

    Para os investigadores, “os repasses ilícitos da Odebrecht a Lula, que totalizaram 4 milhões de reais e são objeto da denúncia apresentada, tiveram a mesma origem ilícita (crimes praticados em detrimento da Petrobras) e seguiram a mesma sistemática (dedução em caixas-gerais de propinas de empreiteiras com o Partido dos Trabalhadores) que já foi reconhecida em ações penais julgadas pela Justiça Federal em primeira e segunda instância”.

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    Segundo a Lava-Jato, as investigações apontam que, para dissimular o repasse da propina, Marcelo Odebrecht, atendendo a pedido de Lula e Okamotto, determinou diretamente que o valor fosse transferido sob a forma de doação formal ao Instituto Lula. “Os valores foram debitados do crédito ilícito de propina contabilizado na ‘Planilha Italiano’, mais especificamente da subconta chamada ‘amigo’ (rubrica referente a Lula, conforme as provas), na qual foi inserida a anotação ‘Doação Instituto 2014’ no valor de R$ 4 milhões, como demonstrado por reprodução da planilha incluída na denúncia”, diz a Lava-Jato. 

    O procurador da República Alessandro Oliveira destaca o amplo conjunto de provas que permitiram fundamentar a denúncia. “São centenas de provas, de comunicações a planilhas e comprovantes de pagamento que ligam a doação formal de altos valores a possíveis ilícitos praticados anteriormente. Isso demonstra a complexidade e a verticalidade da análise realizada pela força-tarefa em diversas fases, nesse caso a lavagem de dinheiro, mas sem perder a noção de um contexto mais amplo de práticas.”

    Em nota, a defesa de Paulo Okamotto disse que o acusado “jamais tratou de propina ou de ilegalidades com ninguém, e muito menos com Palocci, com Marcelo Odebrecht” e que ele “já foi absolvido em processo sobre doação ao Instituto Lula”. “O Ministério Público de Curitiba repete a mesma ilegalidade. A defesa espera que não seja recebida essa repetição de fatos jurídicos já apreciados com nova roupagem”, afirma o advogado Fernando Fernandes.

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