TSE conclui testes em urnas e não encontra falhas no sistema eleitoral
Todas as camadas de segurança envolvidas na destinação e sigilo do voto foram testadas, afirma a Corte após simulação de ataques hackers com Polícia Federal
O TSE informou nesta sexta que os testes do sistema de votação e das urnas eletrônicas conduzidos pela Corte e pela Polícia Federal ao longo da semana foram bem-sucedidos e não identificaram quaisquer problemas que possam interferir nas eleições deste ano.
Os resultados do chamado TPS – Teste Público de Segurança – foram divulgados após testes que incluíram a simulação de ataques hackers ao sistema – que, por sua vez, inviabilizou as invasões.
“Nenhum dos 29 planos de teste, tanto em novembro quanto agora, nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização de votos registrados (…) Todas as camadas de segurança envolvidas na destinação e no sigilo do voto foram testadas”, afirmou Sandro Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE.
Vieira afirmou que, nessa etapa, foram implantadas melhorias pela Corte em relação aos testes de novembro e que mais testes serão feitos até setembro – o sistema só é “fechado”, ou seja, se torna definitivo, após a cerimônia de lacração dos sistemas, que ocorre entre um mês e vinte dias antes das eleições.
Melhorias consideradas “procedimentais” ainda serão estudadas, como a diminuição do tamanho da cabine eleitoral – de forma a impedir o manuseio indevido da urna por eleitores, bem como evitar que sejam deixados santinhos e outros materiais de propaganda no local, mas sem comprometer o sigilo do voto.
Na última quinta, o presidente do TSE, Edson Fachin, subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem questionado a segurança do sistema eleitoral brasileiro, e afirmou que as eleições são assunto das “forças desarmadas”.
No mesmo dia, Bolsonaro rebateu Fachin e voltou a pôr em xeque a eficácia das urnas. “A transparência das eleições, eleições limpas, seguras, transparentes, é questão de segurança nacional. Ninguém quer ter dúvidas, quando acaba a eleição, se aquele candidato que ganhou, ganhou mesmo”.