O ministro Antonio Anastasia, do TCU, arquivou um processo em que a senadora Eliziane Gama, que foi relatora da CPMI do 8 de Janeiro, pedia o cruzamento de dados de centenas de presos nos ataques às sedes dos Três Poderes com os registros de CACs mantidos pelo Exército.
Como a corte de contas faz uma auditoria de todo o sistema de controle de armas e munições das Forças Armadas, já estava em posse da base de dados de todos os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, mas, por ser sigilosa, era necessária a autorização da instituição. Como mostrou o Radar, o Exército negou o acesso às informações.
Eliziane Gama queria saber quais e quantos autores dos atos golpistas de 8 de janeiro estavam potencialmente armados. Em seu relatório final, aprovado pela comissão de inquérito, a senadora dedicou uma seção a interligar o libera-geral de material bélico do governo Bolsonaro com ações preparatórias para uma tentativa de golpe de Estado.