Deputados estaduais do PSDB saíram de almoço no Palácio dos Bandeirantes, para apresentar o projeto da privatização da Sabesp, certos de que os 11 milhões de reais prometidos pelo governo de São Paulo aos parlamentares da base, enfim, serão pagos. Junto às impositivas que o governo é obrigado a desembolsar, a situação deve receber pouco menos de 25 milhões de reais em emendas parlamentares neste ano.
Outros deputados da base, que tentaram cargos no governo em troca de apoio a projetos, já estão conformados de que Tarcísio de Freitas não deve liberar cadeiras nesse tipo de negociação. A gestão dura gera desconforto na Casa, que até agora, mesmo sob reclamações, aprovou os projetos enviados pelo governador.
Agora, chegou um pacote de propostas polêmicas: a reforma administrativa, a redução de 5% do orçamento da Educação para ser alocado na Saúde e a privatização da Sabesp. Para essa última, a oposição montou um “plano de guerra” e promete judicializar o processo.
A primeira medida já está em curso. Trata-se de uma ação protocolada no Ministério Público de Contas contra o estudo de viabilidade da privatização. A oposição também pretende emplacar uma ação de inconstitucionalidade no STF, alegando que as unidades regionalizadas de saneamento não podem diluir o poder dos municípios.
“Vamos fazer a maior obstrução da história da Assembleia”, prometeu o deputado Guilherme Cortez, do PSOL.
Ele ainda afirma que o projeto de lei para a desestatização da empresa de saneamento infringe a Constituição estadual, portanto, deveria ser uma PEC, e diz que a oposição está atuante no interior para tentar pressionar o voto dos deputados por meio de suas bases eleitorais.