Criada há pouco mais de um ano, a startup Principia já acumula uma clientela de mais de 150 instituições de ensino superior privadas, às quais garante uma receita mensal e, como contrapartida, assume a cobrança dos pagamentos de alunos inadimplentes.
De acordo com o vice-presidente de operações da Principia, Marco Sousa, o modelo enfrenta tanto o problema de fluxo de caixa de grupos de ensino superior médios e pequenos, nos quais a inadimplência é alta, como o da evasão, já que os alunos não avançam para o semestre seguinte se não pagarem a rematrícula.
“Vamos supor que uma faculdade fatura 1 milhão de reais por mês. A Principia olha a inadimplência histórica, calcula que a instituição receberia 800.000 reais numa média de nove meses e garante esse valor todo mês na mão do dono da faculdade”, diz o executivo.
A receita da Principia vem da efetividade na cobrança dos alunos, que, segundo o vice-presidente de operações, reduz a inadimplência e faz a empresa lucrar com a diferença entre o valor garantido à instituição de ensino e o que a startup consegue arrecadar dos estudantes.
Depois de iniciar as atividades com um investimento-semente de 24 milhões de reais da Valor Capital e da Supera Capital, a Principia fez em novembro do ano passado uma segunda rodada de captação, na qual recebeu um aporte total de 200 milhões de reais.
Recentemente, adquiriu outra startup, a Provi, que oferece produtos de crédito para centenas de milhares de alunos de cursos livres.