Deputada federal identificada com a ala radical do bolsonarismo, Carla Zambelli foi alvo de um apoiador do PT que, mal educado e cheio de ódio, decidiu insultar a parlamentar no meio da rua na saída de um restaurante.
Dado o comportamento pretérito da parlamentar, que fez fama justamente destratando pessoas da mesma forma, o entrevero ficaria nesse campo lamentável das aloprações de petistas e bolsonaristas. Passou do ponto e virou crime quando a deputada sacou uma arma para ameaçar pessoas em uma região movimentada de São Paulo. Na confusão, até um disparo de arma de fogo foi ouvido.
Agredida ou não, Zambelli deveria ter chamado a polícia para cuidar do caso. Ao julgar que poderia fazer justiça com as próprias mãos, empunhando uma arma de maneira irregular e ameaçando a vida das pessoas, a parlamentar tornou-se caso de polícia. Quase 24 horas depois do ocorrido — com ampla oferta de imagens nas redes –, porém, nada aconteceu com a bolsonarista.
No país dos privilégios, onde um cacique político fere policiais federais e sai elegantemente conduzido para a delegacia, não chega a surpreender. Mas é o caso de levantar a pergunta: o ato de Zambelli vai ficar por isso mesmo?