Quem acompanha de perto a privatização da Sabesp aposta que o governo de São Paulo vai arrecadar 14,7 bilhões de reais com a venda de 32% das ações da estatal.
O montante não irá todo para o caixa do governo, já que 30% deverá ser aportado a um fundo para universalização do saneamento. O Estado ficaria, portanto, com 10,2 bilhões de reais, o que é considerado uma vitória por governistas, pois o valor ultrapassa os 10 bilhões de reais previstos para a venda na Lei Orçamentária Anual.
O governador Tarcísio de Freitas foi, na semana passada, a conversas com investidores em São Paulo, dando sequência ao roadshow que passou pelos Estados Unidos e Europa no fim de junho. A venda da estatal entrou em uma “semana decisiva”.
Nesta terça-feira, a Equatorial deve ser anunciada como a acionista de referência, que terá 15% das ações. A empresa foi a única a apresentar proposta no leilão. Acionistas minoritários compõem os outros 17%.
Em 18 de julho está marcada a confirmação do valor que será pago pela empresa. No dia 22, próxima segunda-feira, a venda deve ser liquidada. As datas, porém, são questionadas na Justiça pelo PSOL, PT, PV e PC do B, que pedem a suspensão do calendário de privatização.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal se movimentou a respeito do leilão. Em despacho publicado na segunda-feira, o ministro Edson Fachin dá três dias para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e a Câmara Municipal se manifestarem sobre uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental movida pelos partidos.