Quanto custou a reforma do Planalto após o ataque de 8 de janeiro
Valor foi informado em resposta a um pedido via Lei de Acesso à Informação
Custou pouco menos de 300.000 reais a recuperação do edifício do Palácio do Planalto após o quebra-quebra promovido por golpistas bolsonaristas no dia 8 de janeiro.
O valor foi informado nesta segunda-feira pela Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República, em resposta a um pedido via Lei de Acesso à Informação, feito pelo Radar no fim de abril.
O montante representa apenas 3,7% do prejuízo de quase 8 milhões de reais calculado pela Presidência dias após os ataques.
Na ocasião, a Subchefia para Assuntos Jurídicos, subordinada à Casa Civil, relatou que os danos foram de exatos 7.978.773,07 reais. O valor foi usado em petição da AGU à Justiça para pedir o bloqueio de bens dos acusados de envolvimento no atentado.
Questionada sobre a disparidade nos números, a Casa Civil informou, nesta terça, que “além de danos prediais, como quebra de vidros, portas e outras estruturas físicas, obras de arte e objetos históricos também foram danificados durante os ataques de 8 de janeiro”.
“A estimativa inicial de despesas apresentada pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, no valor superior a R$ 7 milhões, contempla todos esses itens. As despesas no valor de R$ 297.730,46, portanto, são referentes apenas aos serviços de manutenção predial, já realizados no Palácio do Planalto. A recuperação de obras de arte e peças históricas, de valor real inestimável, estão a cargo da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência”, afirmou a pasta.
Veja a seguir o detalhamento das despesas com os reparos no Planalto, que somaram 297.730,46 reais até o momento:
- Vidraçaria – 204.449,26 reais
- Elevador danificado – 39.000 reais
- Divisórias especiais (portas e divisórias) – 15.000 reais
- Pintura – 13.000 reais
- Reparos na parte elétrica – 8.781,20 reais
- Gradil – 7.500 reais
- Bancadas e tampos de mármore – 7.000 reais
- Peças sanitárias – 3.000 reais
“Ressalte-se que a Presidência da República mantém contratos de manutenção predial corretiva e preventiva de caráter contínuo. Deste modo, a maior parte dos serviços de engenharia realizados foram acionados por meio de ordens de serviço dentro do escopo do contrato de manutenção”, informou a Secretaria de Administração da Casa Civil.
O Planalto demorou quase dois meses para revelar quanto gastou na recuperação do palácio. O Radar questionou a Secom e a Casa Civil sobre os dados pela primeira vez no dia 29 de março, mas não obteve nenhuma resposta, apesar das insistentes tentativas.
O pedido via LAI foi protocolado no dia 28 de abril e a resposta só foi apresentada no último dia do prazo legal.