A campanha de Lula (PT) à Presidência divulgou uma cartilha com dicas para os eleitores tirarem votos de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Entre as orientações estão a de respeitar o eleitor bolsonarista comum e os indecisos, mas não perder tempo com apoiadores convictos. Também pede para não chamar o presidente por termos como “genocida”, “assassino”, “miliciano” e “anticristo” por considerar que isso não funciona. Chamar de “desumano”, “ladrão” e “vagabundo” está liberado, orienta a campanha. Assista ao vídeo ao final desta nota.
A publicação com sete dicas foi ao ar nesta quarta-feira. Na primeira sugestão, a locutora já avisa: “Foque a sua energia em eleitores indecisos ou naqueles que você já viu criticar o Bolsonaro em algum momento”. A segunda orientação é para o eleitor falar de temas que a campanha julga que afastam Bolsonaro das pessoas, como as questões do aumento da pobreza e do desemprego, em contraposição aos passeios de jetski e das motociatas do presidente. A cartilha também pede que se ressalte a “desumanidade” de Bolsonaro, com menções às suas ofensas às mulheres e o seu deboche com as vítimas da Covid-19.
A terceira dica pede que os apoiadores de Lula usem termos específicos para criticar Bolsonaro, poupando, contudo, seus eleitores e os cidadãos indecisos. “Escolha as palavras certas para criticar o Bolsonaro. As palavras que mais funcionam é desumano, despreparado, irresponsável, ladrão e vagabundo. As que menos funcionam são: genocida, assassino, miliciano, anticristo e xingamentos com palavrões em geral”, diz o vídeo.
A antepenúltima dica sugere que o eleitor de Lula compartilhe com seus os conhecidos “como o Bolsonaro fez mal para a sua vida”, citando os altos preços no mercado, o desemprego, o endividamento das famílias e a perda de pessoas queridas na pandemia. Por fim, pede que as pessoas ocupem os lugares onde os indecisos estão, como grupos de família em aplicativos de mensagens e nas redes sociais, e usem o humor para distribuir “memes e figurinhas que zombem de Jair Bolsonaro”.