Dentro do PSD, entusiastas da candidatura de Antonio Brito a presidente da Câmara já afirmam que o título de partido mais bem-sucedido nas eleições municipais, com 878 prefeituras conquistadas no primeiro turno, será um trunfo daqui para a frente nas negociações pelo apoio de deputados de outras legendas.
Mais que isso, a lógica que a campanha de Brito passou a discutir depois do sucesso nas urnas no último domingo pode ser colocada na mesa nas conversas com emissários do Palácio do Planalto, levando-se em conta o discurso governista de que a dominância da centro-direita coroa siglas da “frente ampla” que dá sustentação a Lula no Congresso.
Para um dos expoentes dessa argumentação, é hora de mostrar que “faz diferença” dialogar com um partido de centro, com três ministérios, o maior número de prefeituras do Brasil, 15 senadores e 45 deputados. Na visão de um cacique da sigla de Gilberto Kassab, a sinalização do PSD “para um lado ou outro” em 2026 “ganha um peso importante”.
Também faz parte desse raciocínio o somatório de prefeituras conquistadas pelo PSD com as do União Brasil, tendo em vista a aliança firmada por Brito e Kassab com o deputado Elmar Nascimento e Antonio de Rueda. Com os 589 prefeitos eleitos pelo União Brasil no primeiro turno, as legendas chegam, juntas, a 1.467 prefeituras. O número pode aumentar a depender dos resultados do segundo turno, em 27 de outubro.