Presidente de federação denunciou manipulador que depôs na CPI ao MPDFT
Citado em fala de William Rogatto a senadores, Daniel Vasconcelos diz que nunca teve o contato do réu confesso
A Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) afirmou que foi o presidente da entidade, Daniel Vasconcelos, quem denunciou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) o manipulador de jogos William Rogatto, que falou na terça-feira à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado.
Em fevereiro, o presidente da federação entregou à promotoria e à Justiça um relatório da Sport Radar sobre jogos do Santa Maria no Candangão 2024. A empresa usa uma ferramenta de inteligência para monitorar jogos e a movimentação em sites de apostas on-line como forma de prevenção à manipulação de resultados.
Durante sua participação na CPI na terça, Rogatto alegou que Vasconcelos, da FFDF, seria seu “maior apoiador” em um suposto esquema que acabou rebaixando o Santa Maria. No entanto, a própria presidente do clube investigado, Dayana Nunes, declarou pouco depois à comissão do Senado que quem apresentou Rogatto a ela foi o treinador que comandava a equipe no início do ano.
Além de entregar o relatório da Sport Radar, Vasconcelos prestou depoimento como “colaborador” ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT.
Em nota, a federação de futebol do Distrito Federal afirma que seu presidente “jamais teve o contato e, assim, em momento algum manteve ligação” com Rogatto.
“(Vasconcelos) reitera seu apoio às investigações, estando disponível para quaisquer esclarecimentos seja à CPI do Senado Federal, ou a todos os demais órgãos envolvidos na tentativa de esclarecer e punir os responsáveis pelos crimes de manipulação de jogos no futebol”, diz a FFDF.