“Precisamos de remédio, médico e combustível”, diz líder da bancada gaúcha
Isolado em Nova Santa Rita, deputado Marcon afirma que Congresso precisa mudar LDO para governo federal liberar emendas parlamentares para o RS
Isolado em Nova Santa Rita pelo alagamento de rodovias, o coordenador da bancada do Rio Grande do Sul no Congresso, deputado Marcon (PT), afirmou que os municípios atingidos pela tragédia climática precisam de remédios, médicos e tanques de oxigênio para hospitais e de combustível para resgates, deslocamentos emergenciais e geradores.
“Vai ser pior quando abaixar a água, que a gente vai ver coisas que nem imagina debaixo d’água”, declarou o deputado ao Radar. “(A situação em) Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Eldorado, Guaíba é uma tragédia. A água já passou por Taquari e de lá vai para Pelotas e Rio Grande”, alertou.
Na segunda-feira, Marcon participou remotamente de uma reunião de deputados estaduais e federais do Rio Grande do Sul com os ministros Renan Filho (Transportes), Nísia Trindade (Saúde), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
“As cidades estão terminadas. O primeiro lugar é salvar vidas. Isso continua ainda por dois ou três dias. Depois, é pensar como vamos reerguer o Rio Grande do Sul. O Vale do Taquari, pela terceira vez”, disse o petista.
Dentre as medidas mapeadas pela bancada gaúcha no Congresso, Marcon afirmou que é necessário aprovar mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 para permitir ao governo federal antecipar emendas parlamentares impositivas – para as quais, em tempos normais, não poderia haver priorização de apenas um estado.
O deputado disse que, a pedido da bancada gaúcha, o Ministério da Saúde vai liberar 650 milhões de reais em emendas para o Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura, acrescentou, também deve adotar medida parecida em socorro aos produtores rurais do estado.