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Plano de assassinato contra Lula, Alckmin e Moraes fala em envenenamento

PF prendeu nesta terça cinco militares investigados por participação na ação criminosa

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2024, 11h51 - Publicado em 19 nov 2024, 10h37
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  • O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo, há pouco, da investigação da Polícia Federal que resultou, nesta terça, na prisão de cinco militares da ativa e da reserva do Exército.

    Eles são investigados por atuarem num suposto plano de golpe de Estado que incluiria os assassinatos de Lula, Geraldo Alckmin e do próprio ministro do Supremo.

    A dinâmica da ação criminosa foi registrada num documento obtido pela PF com um dos investigados. Batizado de “Plano Punhal Verde Amarelo”, a operação foi elaborada pelo general Mário Fernandes, com características terroristas, que visava sequestrar ou assassinar Moraes, Lula e Alckmin.

    O plano foi encontrado pela Polícia Federal em um HD externo pertencente a Fernandes durante a Operação Tempus Veritatis. O documento tinha uma espécie de roteiro em tópicos sobre as ações.

    No trecho que trata de “Demandas de Reconhecimento Operacional”, o plano cita a necessidade de realizar um reconhecimento detalhado do aparato de segurança do ministro Alexandre de Moraes, incluindo equipamentos, armamentos, veículos blindados, itinerários e horários. Esse reconhecimento deveria se concentrar nas regiões do Distrito Federal e de São Paulo, locais frequentados pelo ministro, destaca a PF.

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    O roteiro também cita “Preparação e Condução da Ação”. Nesse ponto, o documento lista os recursos necessários para a execução do plano, incluindo seis telefones celulares descartáveis com chips descartáveis, que seriam usados para comunicação durante a operação. Essa estrutura de comunicação, com chips habilitados em nome de terceiros, foi a mesma utilizada em outra ação, batizada de “Operação Copa 2022”, que visava prender ou executar o ministro Moraes.

    Há ainda um tópico sobre “Armamentos e Munição”, que seriam usados no plano. O documento cita pistolas Glock, fuzis HK416 e até mesmo um lança-rojão AT4, armamento antitanque de alta letalidade. A menção a armas de alto poder destrutivo reforça o caráter terrorista do plano, segundo a PF.

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    A PF também mostra no relatório da investigação as armas que seriam usadas no plano (PF/Divulgação)
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    O documento também fala do “Efetivo e Análise de Riscos”, indicando a necessidade de seis pessoas para executar a ação em Brasília e menciona a possibilidade de “baixas aceitáveis”. Essa análise demonstra, na visão da PF, a frieza dos envolvidos, que consideravam a morte de civis e até mesmo de militares como um risco aceitável.

    Em outro trecho, o documento cita “Neutralização do ‘Centro de Gravidade'”. Para os investigadores, Moraes seria o “centro de gravidade”. O documento descreve as dificuldades encontradas no reconhecimento de seu comboio e protocolos de segurança. A investigação conclui que o termo “neutralizar” significava, nesse contexto, assassinar o ministro.

    roteiro
    (PF/Divulgação)
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    A “Eliminação da Chapa Presidencial” tem um parágrafo próprio e fala em assassinar o presidente eleito Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, usando codinomes como “JECA” e “JOCA”, de modo a “extinguir a chapa vencedora” do pleito de 2022.

    plano
    Roteiro do plano criminoso definiu Lula e Alckmin como “Jeca” e “Joca” (PF/Divulgação)
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    A Polícia Federal diz que o “Plano Punhal Verde Amarelo” era um plano estratégico para um golpe de Estado, visando anular as eleições de 2022 e manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder. A impressão do plano num dos gabinetes do Palácio do Planalto sugere que ele pode ter tido a anuência de outras figuras dentro do governo, segundo a PF.

    É importante ressaltar que o “Plano Punhal Verde Amarelo” nunca foi executado. As investigações da Polícia Federal levaram à prisão preventiva de Mário Fernandes e outros envolvidos, impedindo a concretização do plano.

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    A sequência do documento descoberto pela Polícia Federal com um dos investigados (PF/Divulgação)
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