A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, ambos nomeados durante o governo de Jair Bolsonaro, por dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno da eleição presidencial de 2022 com blitze em rodovias, concentradas em ônibus.
Também foram indiciados quatro policiais federais lotados, à época, no Ministério da Justiça e Segurança Pública: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.
Os investigadores da PF acreditam haver indícios suficientes para imputar a eles o crime de “restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Em setembro de 2023, Marília Alencar foi convocada a depor na CPMI do 8 de Janeiro, que queria questioná-la sobre suas ações como diretora de Inteligência do ministério comandado por Anderson Torres. Amparada por um habeas corpus, não compareceu.
Ao quebrar seu sigilo bancário, a comissão de inquérito descobriu que Alencar registrou no celular pressões que recebeu de Torres para forjar acusações sobre um elo da campanha de Lula com facções criminosas, em 2022.