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PF ignora pedido da CPI para dar proteção aos irmãos Miranda

Ofício sobre o assunto "urgente" foi enviado anteontem ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jun 2021, 11h31
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  • Enviado na quarta-feira pelo presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz, ao diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, o pedido para dar proteção policial ao servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, ao deputado federal Luis Miranda, seu irmão, e seus familiares, foi ignorado até o momento.

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    Os irmãos devem depor na tarde desta sexta-feira na comissão do Senado para falar sobre as acusações de irregularidades na aquisição da vacina indiana Covaxin. Eles implicaram o presidente Jair Bolsonaro no caso ao revelar que ele foi alertado, no dia 20 de março, sobre a possível corrupção no processo.

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    No ofício, Aziz evidencia a urgência da solicitação já no assunto: “Urgente – Proteção policial para depoentes da CPIPANDEMIA e de seus familiares”. E requisita que a disponibilização da proteção seja feita de forma “imediata” aos dois e a “seus parentes mais próximos, quais sejam, esposas e filhos”.

    O Radar confirmou junto à Secretaria da CPI que não houve resposta até o fim da manhã desta sexta — pouco mais duas horas antes o horário previsto para o início dos depoimentos. Procurada na quinta e nesta sexta, a assessoria de comunicação da PF se limitou a responder que “não há informação sobre esse assunto”, recusando-se a procurar o gabinete do diretor-geral para obter mais esclarecimentos.

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    O motivo apontado pelo presidente da comissão para requisitar o apoio da PF foi o relato dos depoentes de que têm recebido “uma série de ameaças à sua integridade física e à integridade física de seus familiares”, por conta das “informações sensíveis” que revelarão na CPI.

    O deputado Luis Miranda, inclusive, já pediu à CPI que determine a prisão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e do assessor especial da Casa Civil Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, por terem ameaçado ele e seu irmão em pronunciamento à imprensa na noite de quarta.

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    Veja a seguir a íntegra da requisição da proteção policial enviada ao chefe da PF:

    Oficio nº 1624/2021 – CPIPANDEMIA

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    Brasília, 23 de junho de 2021

    A Sua Senhoria o Senhor
    PAULO GUSTAVO MAIURINO
    Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal

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    Assunto: Urgente – Proteção policial para depoentes da CPIPANDEMIA e de seus familiares

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    Senhor Diretor-Geral,

    Cumprimentando-o cordialmente, dirijo-me a Vossa Senhoria na condição de Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal, criada por meio dos Requerimentos nº 1.371/2021 e nº 1.372/2021, e responsável por investigar atos relacionados à pandemia causada pelo coronavírus.

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    Nesta sexta-feira, esta Comissão Parlamentar de Inquérito tomará o depoimento do Sr. Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e do seu irmão e Deputado Federal Luis Claudio Fernandes Miranda.

    Os depoentes relatam que, em razão das informações sensíveis que terão a transmitir a este colegiado por ocasião de seu depoimento, têm recebido uma serie de ameaças à sua integridade física e à integridade física de seus familiares.

    Diante desse contexto, na condição de Presidente deste inquérito parlamentar, com vistas a preservar a integridade física dos depoentes e de seus familiares, bem como para assegurar o adequado andamento das investigações ora carreadas, requisito a imediata disponibilização de proteção policial, por este r. Departamento de Polícia Federal, aos depoentes e a seus parentes mais próximos, quais sejam, esposas e filhos.

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    Certo de que Vossa Senhoria dispensará toda a atenção e pronto atendimento ao presente pleito, coloco-me à disposição para dirimir eventuais dúvidas.

    Atenciosamente,

    Senador OMAR AZIZ
    Presidente da CPI Pandemia

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