A Petrobras acionou a Justiça para interromper a prescrição de processos contra Antonio Palocci, o ex-ministro que delatou mesadas e mordomias de Lula bancadas por empreiteiras que superfaturavam contratos na estatal.
No pedido, a companha busca obter tempo para cobrar do delator o ressarcimento pela roubalheira. A manifestação da petroleira, no entanto, é um duro golpe na narrativa petista que tenta apagar a corrupção na estatal.
“Dentre os diversos delitos identificados, foi comprovada a existência de um esquema de corrupção por meio do qual empreiteiras cartelizadas e empresas privadas não integrantes do cartel, contratadas para a execução de obras da Petrobras, acordavam o pagamento de um percentual dos valores dos contratos como propina, em troca do beneplácito de diretores e empregados de alto escalão à consecução de interesses das pessoas jurídicas junto à esta Companhia Estatal”, diz a Petrobras.
“Esses recursos eram recebidos por operadores financeiros – profissionais dedicados à lavagem do dinheiro – a mando dos ex-diretores e ex-empregados da Petrobras, que em seguida promoviam a repartição do dinheiro entre os próprios agentes públicos, partidos políticos e agentes políticos”, segue a estatal.