Perícia da PF descarta teoria sobre homem que atacou o STF com bombas
Francisco Wanderley Luiz morreu no dia 13, ao tentar entrar no Supremo com explosivos amarrados ao próprio corpo
Ao contrário das teorias conspiratórias disseminadas nas redes, a Polícia Federal concluiu que não houve disparo de arma de fogo contra Francisco Wanderley Luiz. Exames de imagem e a necropsia realizados por peritos criminais da instituição, no Instituto Nacional de Criminalística, comprovaram que o homem, envolvido em uma explosão na Praça dos Três Poderes, sofreu lesões causadas pelo artefato explosivo que ele segurava — sem nenhum indício de perfuração por projétil ou presença de fragmentos metálicos no corpo.
O procedimento investigativo seguiu o protocolo usual para casos de morte violenta. Assim que o corpo chegou ao instituto, ainda lacrado, ele foi submetido a uma tomografia computadorizada, método mais sofisticado de análise de imagem disponível na PF.
O exame revelou uma fratura extensa e abertura do crânio no lado direito, além de múltiplas fraturas com amputação de dedos na mão direita — lesões compatíveis com a explosão do artefato que, segundo os especialistas, estava sendo segurado próximo à cabeça da vítima no momento do incidente.
Além disso, os exames complementares, como radiografias e a necropsia, reforçaram a inexistência de qualquer perfuração ou lesão provocada por projétil metálico. A tomografia é essencial para identificar a presença de fragmentos metálicos ou lesões ósseas. No caso de Wanderley, as imagens e os exames posteriores foram claros: não houve tiro. A causa da morte foi a explosão.