Em sua delação, Antonio Palocci revela repasses milionários, na forma de doações oficiais e via caixa dois, para os petistas Fernando Pimentel e Tião Viana, que governaram Minas Gerais e o Acre, respectivamente.
Segundo Palocci, Fernando Pimentel recebeu 2 milhões de reais, em 2010, da empreiteira Camargo Corrêa. Já Viana, levou 2 milhões de reais da Odebrecht, também em 2010, sendo 1,5 milhão por meio de caixa dois.
A Odebrecht, diz Palocci, também repassou 3,2 milhões de reais, via caixa dois ao ex-senador Lindbergh Farias, em 2010.
É a primeira vez que um documento do Supremo confere contornos concretos à principal frente da delação do ex-ministro Antonio Palocci fechada com a Polícia Federal e homologada pelo ministro Edson Fachin, chefe da Lava-Jato no STF.
A partir desse documento, descobre-se que o acordo firmado pelo ex-ministro no Supremo tem 23 anexos, que tratam de 12 políticos, entre ex-ministros de Estado, parlamentares e ex-parlamentares – além de grandes empresas.
Ex-líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini também é citado como beneficiário de 50.000 reais, ao lado de João Paulo Lima, beneficiário de 500.000 reais.