Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a megaoperação que a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira contra uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, mirou integrantes da cúpula militar do governo Bolsonaro.
Foram alvos de mandados de busca e apreensão os generais Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e Augusto Heleno, que chefiou o GSI durante quatro anos, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército.
Ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos também foi visitado pelos agentes.
A PF prendeu dois militares: o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro no Palácio do Planalto, e o major do Exército Rafael Martins de Oliveira.
As investigações apuram se o grupo tentava “obter vantagem de natureza política” com a manutenção no poder do então presidente Jair Bolsonaro, que também foi alvo de medidas restritivas impostas por Moraes.
Os agentes também cumprem mandados em vilas militares do Exército em Manaus e em Goiás, com militares da Força acompanhando as buscas.