Operação da PF contra militares tem 78% de menções positivas nas redes
AtivaWeb mapeia mais de 2 milhões de publicações no X, Facebook e Instagram sobre ação contra autores de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
A operação da Polícia Federal (PF) que prendeu militares e um agente da própria corporação que planejaram o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF – que, à época, era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – , gerou mais de 2 milhoes de menções no X, no Facebook e no Instagram, mostra levantamento da agência de marketing AtivaWeb.
Dessas, 78% eram mensagens favoráveis à investigação. Houve 12% de menções consideradas neutras e só 10% de publicações negativas sobre a operação.
“O Brasil polarizado continua vivenciando uma intensa dinâmica de engajamento nas redes sociais. Enquanto (na segunda-feira) os temas em alta eram Janja e Elon Musk, (na terça) o foco está na operação da Polícia Federal que revelou um plano de golpe de Estado envolvendo militares e a ameaça de assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Ministro do STF Alexandre de Moraes”, escreve Alek Maracaja, autor da análise.
De acordo com a AtivaWeb, as palavras com maior crescimento nas redes nas 10 horas seguintes à operação foram:
- Alckmin;
- SEM ANISTIA;
- Braga Neto;
- Braga Neto, vice de Bolsonaro;
- BOLSONARO;
- BOLSONARO NA CADEIA;
- Flávio Bolsonaro;
- Golpe de Estado;
- Lula;
- Moraes;
- Mauro Cid;
- Militares;
- Kids Pretos.
Para Maracaja, da AtivaWeb, os termos “SEM ANISTIA” e “BOLSONARO NA CADEIA” representam a mobilização da base contrária à direita, exigindo responsabilização do ex-presidente e dos participantes nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“A operação da Polícia Federal impactou fortemente a narrativa nas redes, com 78% do volume de menções favorável à investigação, demonstrando amplo apoio popular à busca por justiça. A análise reflete a polarização e a pressão pública para que os envolvidos sejam responsabilizados, enquanto uma minoria de 10% resiste à investigação, argumentando perseguição ou desconfiança”, afirma o analista.