O roteiro do plano de assassinato contra Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, descoberto pela Polícia Federal, mostra que os criminosos acreditavam que, com a morte do petista, a chapa que derrotou Jair Bolsonaro nas urnas em 2022 seriam extinta, abrindo caminho para implementação do golpe de Estado com a permanência do bolsonarismo no poder.
“O texto aponta que na inviabilidade do ’01 eleito’, ou seja, Lula, ‘sua neutralização extinguiria a chapa vencedora’. Como, além do presidente, a chapa vencedora é composta, obviamente, pelo vice-presidente, é somente na hipótese de eliminação de Alckmin que a chapa vencedora estaria extinta”, registra a PF.
“Pela análise, o codinome Jeca seria uma alusão ao atual presidente Lula. O texto cita que ‘sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB’. Considerando que o vice-presidente de Lula é Geraldo Alckmin, que é historicamente vinculado ao partido PSDB, em caso de uma ‘neutralização’ de Lula, Alckmin assumiria a Presidência da República, o que faria a chapa vencedora ficar ‘sob a tutela principal do PSDB’, como sugere o autor. Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, segue a PF.