O provável caminho da terceira via na disputa ao Planalto
Com União Brasil fora das negociações, resta a Simone Tebet e João Doria finalizar a conversa iniciada há alguns meses em torno de uma improvável aliança
Nesta discussão de aliança na terceira via, o que vale é o que é dito fora dos microfones. João Doria atua para ter Simone Tebet e o MDB de vice. Já Simone atua para ter Doria e o PSDB de vice. Não há possibilidade de desistência entre os dois.
Doria tem influência para guiar o PSDB a bancar seu nome. Simone tem maioria no partido e o apoio de Baleia Rossi para tirar o MDB das armadilhas de apoiar Lula ou Jair Bolsonaro. Claro que, no escurinho da campanha, cada quadro emedebista vai pedir votos ao seu presidenciável preferido, tanto do lado petista como do lado bolsonarista, mas não com o carimbo oficial do MDB, ancorado em Simone.
Doria já ganhou seguidas eleições saindo exatamente da posição em que está hoje. Venceu prévias e enfrentou boicotes e ataques partidários da mesma forma. Não chegou até aqui para desistir ou viver com a dúvida da desistência. Irá até o fim para ver o que acontece.
Com a saída do União Brasil da conversa – o partido de Luciano Bivar também quer lançar candidato –, o caminho da terceira via, a ser decidido no dia 18, é mesmo o da divisão. Três partidos, três candidaturas ao Planalto.