O bônus da elite do funcionalismo e a faca no pescoço de Lula no Congresso
Senadores usam PEC do Quinquênio para forçar o governo a liberar mais 5,6 bilhões de reais em emendas de comissão
O governo queria aprovar no Senado, nesta quarta, o texto que retoma a cobrança do seguro para vítimas de acidente de trânsito, conhecido como DPVAT, no país. Cobrado de todos os motoristas, o seguro tornou-se fonte de desvios e escândalos de corrupção, sendo sepultado na gestão de Jair Bolsonaro.
No texto que retoma a cobrança, o governo anexou um jabuti que autoriza a máquina a ampliar gastos no ano em 15 bilhões de reais. Para aprovar essa matéria, os senadores exigiram que o Planalto apoiasse uma manobra que garantiria aos caciques algo em torno de 5,6 bilhões de reais em emendas parlamentares de comissão.
Quando o governo tentou rejeitar essa ideia, a coisa piorou. Os senadores ameaçaram aprovar a a PEC do Quinquênio, que concede um bônus salarial de 5% a cada cinco anos a determinadas categorias do funcionalismo. Em claro tom de chantagem, o Planalto foi apresentado ao seguinte cenário: ou aceita liberar os bilhões em emendas, ou se vira com um prejuízo infinitamente maior da aprovação do agrado aos servidores da elite pública — a PEC, segundo estimativas do Senado, deve custar pelo menos 81 bilhões de reais ao governo.
Depois desse jogo bruto, ficou combinado que todos irão conversar na próxima semana.
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