Depois de participar de uma reunião com Lula e outros ministros, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 7, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, foi questionado se o presidente fez um balanço sobre o primeiro turno das eleições municipais, neste domingo, diante do avanço da centro-direita e da direita em prefeituras de todo o país.
Em uma avaliação, no mínimo, otimista, o articulador político do governo apontou que houve crescimento em número de prefeituras e vereadores do “conjunto dos partidos que apoiam o presidente Lula”, na comparação com o pleito de 2020.
“Só o PT teve um aumento de mais de 40% em relação a prefeituras que se elegem agora em relação ao que era em 2020. Então, o conjunto de partidos que apoiam o governo, com lideranças, que têm ministros, também tiveram um crescimento expressivo, o que mostra que esse conjunto de partidos tem um enraizamento importante nas eleições municipais, que na sua grande maioria, nos municípios, tem o tema local como tema central da disputa”, declarou.
Segundo números divulgados pela bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado, a legenda elegeu 183 prefeitos há quatro anos e 248 apenas no primeiro turno deste ano, um acréscimo de 35,5%.
“Então é um crescimento significativo, não só do PT, mas também em relação que já se estava em um patamar baixo em 2020, a gente tem que comparar com 2020, não com o que tinha dez, 15 anos atrás, e um crescimento importante do conjunto dos partidos que apoiam o presidente Lula, alguns partidos que são do campo do centro, da centro-direita, que tiveram crescimento, o que mostra a força desses partidos nas disputas municipais, na relação com os prefeitos”, complementou Padilha.
Ele comentou na sequência que, em 2020, já houve um crescimento dos partidos de centro, de centro-direita no país, e que agora “teve uma continuidade”. E destacou as vitórias de lideranças que compõem a frente ampla do governo e apoiaram Lula em 2022 sobre “ícones da extrema direita” e do “bolsonarismo”, como as reeleições de Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, “no ninho do bolsonarismo”, contra Alexandre Ramagem (PL), e de João Campos (PSB), em Recife, “contra o sanfoneiro do Bolsonaro”, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
Segundo turno
O ministro destacou ainda que candidatos que apoiam Lula vão enfrentar “ícones da extrema-direita” no segundo turno, no próximo dia 27, e que a expectativa do governo é que eles sejam favoritos nessas disputas.
“No caso de Fortaleza, que é o Evandro Leitão, que é um candidato do PT que foi para o segundo turno, achamos que ele é favorito na disputa do segundo turno”, exemplificou. Candidato de Bolsonaro, o deputado federal André Fernandes (PL) obteve 40,2% dos votos válidos, contra 34,33% de Leitão, que é deputado estadual.
Sobre o segundo turno em Belém, Padilha ressaltou que Igor (MDB), candidato de Helder Barbalho, apoiou Lula em 2022 e que o presidente estará em Belém nesta semana a convite estar em Belém a convite do governador para o Círio de Nazaré.