O presidente Lula levou Arthur Lira e Rodrigo Pacheco para acompanhá-lo em uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, ao fim da sua participação na Assembleia Geral da ONU, e exaltou a presença dos chefes da Câmara e do Senado na sua comitiva em Nova Iorque, como já havia ocorrido no ano passado.
“Eu estou muito feliz nessa viagem porque, mais uma vez, eu pude contar com a presença do presidente do Senado e presidente da Câmara, que eu fiz questão de convidá-los, porque é muito importante a imagem que a gente passar para o mundo e para o Brasil de que, no Brasil, a gente consegue exercer a democracia na sua plenitude, mesmo em situações adversas”, declarou.
Na sequência, o petista disse que “queria que os dois presidentes soubessem que a coisa mais extraordinária quando eu converso com os outros países é quando eu falo pra eles que eu fui eleito presidente da República com um partido que só tem 70 deputados de 513, que só tem nove senadores de 81, e que a gente consegue votar as coisas com a maior tranquilidade, construindo a maioria em cada votação, discutindo com os partidos políticos, ou seja, fazendo da forma mais civilizada as coisas acontecerem até aprovar uma política tributária que era uma coisa impensável no nosso país”. “Então eu sou grato à presença de vocês dois aqui”, comentou.
Para concluir o aceno aos líderes do Congresso, Lula fez uma sugestão ao “companheiro Lira e companheiro Pacheco”:
“Quem sabe, vocês têm que tomar iniciativa daqui pra frente para que a gente comece a fazer reuniões de parlamentares do mundo inteiro no Brasil, da América do Sul, da África, porque política é exatamente isso. A política é a arte da convivência democrática entre opostos, entre contrários, e é isso que dá dinamismo à democracia”.