Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Na contramão do planeta, Bolsonaro isola Brasil no culto à cloroquina

Estados Unidos, tão admirados pelo presidente, desmoralizaram o uso da droga; aqui, governo amplia orientação de uso

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jun 2020, 07h55 - Publicado em 16 jun 2020, 06h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Jair Bolsonaro não esconde sua admiração pelos Estados Unidos e sua devoção por Donald Trump. Desde que assumiu o Planalto, manteve-se fiel ao relacionamento mesmo nas escapadas do parceiro americano – na primeira patinada na OCDE, no fechamento de fronteira a passageiros saídos do Brasil e, recentemente, na crítica ao trabalho do Planalto na pandemia.

    Para ficar próximo do ídolo nessa guerra ao coronavírus, Bolsonaro copiou a campanha de Trump pela cloroquina. Trouxe a ideia ao Brasil, colocou militares do Exército para torrar uma montanha de dinheiro na produção do medicamento milagroso e não sossegou enquanto não obrigou o Ministério da Saúde a adotar um protocolo orientando médicos de todo país a receitarem o medicamento para pacientes com a doença.

    ASSINE VEJA

    Os desafios dos estados que começam a flexibilizar a quarentena
    Os desafios dos estados que começam a flexibilizar a quarentena O início da reabertura em grandes cidades brasileiras, os embates dentro do Centrão e a corrida pela vacina contra o coronavírus. Leia nesta edição. ()
    Clique e Assine

    Esse protocolo do ministério, baixado, não por um médico, mas pelo general Eduardo Pazuello, vai completar nesta semana um mês em vigor. Nesta segunda-feira, contra todas as evidências da comunidade científica internacional que colocaram a cloroquina em descrédito, o governo decidiu dobrar a aposta e anunciou que o uso precoce da droga será estendido até para crianças e grávidas.

    Devoto dos americanos, Bolsonaro poderia ouvir a mensagem que vem da terra de Trump. Nesta segunda, a poderosa FDA, agência que atua como a Anvisa nos Estados Unidos, revogou a permissão de emergência para o tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina contra coronavírus no país.

    Continua após a publicidade

    Motivo? Os americanos explicaram que não “é razoável acreditar que os fatores conhecidos e os potenciais benefícios desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais”. É um filme antigo, visto aqui na gestão de Luiz Henrique Mandetta e de Nelson Teich, que tentaram barrar a adesão apaixonada ao medicamento.

    Embora tudo seja possível, é de se esperar que Trump não desafiará a decisão da agência, tendo em vista que pode ser responsabilizado por isso. E Bolsonaro, como fica?

    Sempre é tempo para reconhecer erros, voltar atrás, buscar a rota correta e tentar construir em vez de apenas trombar. Que o presidente siga sua inspiração americana, pare de boicotar o trabalho dos profissionais de saúde e dos estados na guerra à pandemia, abandone muletas como a cloroquina, e forme uma frente nacional de combate ao vírus. Há exemplos ótimos vindos dos Estados Unidos. Ouvir a ciência, é um deles.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.