No documento enviado ao desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, nesta segunda (2), o MPF afirma que todos os diálogos revelados pelo “Intercept” são normais.
No texto, o Procurador Regional Mauricio Gotardo Gerum comenta uma informação repassada pelo ex-juiz Sergio Moro repassa a Deltan Dallagnol.
“(…) no ambiente do foro, compartilhado diuturnamente, são absolutamente normais os contatos entre o juiz e o membro do Ministério Público sem que daí se possa extrair qualquer prejuízo ao jurisdicionado”, diz Gerum.
Ele prossegue:
“Não é em outro contexto que se situam os diálogos apontados. No primeiro deles o magistrado repassa ao Ministério Público informação relativa a investigação criminal. Não há notícia de que esta informação tenha produzido algum fruto ou, de alguma
forma, tenha vindo ao processo que, vale lembrar, não discute “transferências de propriedade de um dos filhos do ex-presidente”, diz.
“Na segunda sequência de diálogos, há simples discussão sobre a logística inerente à deflagração de operações e sobre competência das investigações. O mais são ilações da defesa sem qualquer respaldo nos fatos ou nos autos do processo, continua o procurador.
“Na terceira sequência de diálogos entre o ex-Magistrado e integrantes da Força-Tarefa, os comentários, ou troca de ideias, sobre audiência realizada não dizem em nada com as funções jurisdicionais ou ministeriais. Nada mais são do que conversas próprias a pessoas que dividem o ambiente de trabalho (…), conclui.