MPF faz nova denúncia contra Sérgio Cabral
Dessa vez, por corrupção em contratos de alimentação
O Ministério Público Federal no Rio ofereceu nova denúncia contra Sérgio Cabral. Dessa vez, por corrupção passiva na área de alimentação e serviços especializados.
É a décima segunda denúncia contra o ex-governador. O órgão pede, além da condenação, que Cabral pague indenização de, ao menos, R$ 16,7 milhões por danos materiais. Também exige reparação por danos morais coletivos de R$ 33,4 milhões.
A denúncia tem como base a Operação Ratatouille, deflagrada pela Polícia Federal no dia 1º de junho.
Além de Cabral, também foram denunciados o empresário Marco de Luca, Carlos Miranda e Carlos Bezerra, apontados como operadores financeiros de Cabral.
Segundo o MPF, o empresário Marco de Luca pagou, entre os anos de 2007 e 2016, R$ 16,7 milhões em propina a Cabral para obter benefícios em contratos com o governo.
Foram contabilizados 82 pagamentos mensais a Miranda e Bezerra, no valor aproximado de R$ 200 mil.
“Para o MPF, a continuidade dos pagamento até a prisão de Cabral, mesmo após ele ter deixado o cargo, demonstra a influência política que o ex-governador ainda exercia sobre a administração, diz trecho do documento enviado ao juiz Marcelo Bretas.
Ligadas a Luca, as empresas Masan e Milano Brasil lucraram R$ 8 bilhões nos governos Cabral e Pezão.
Cabral foi condenado pelo juiz Sergio Moro em junho a 14 anos de prisão.