Moraes manda Janones apagar postagens sobre Bolsonaro e Jefferson
Deputado disse em mensagens no Twitter que o presidente apoiava ataque do cacique petebista a policiais federais neste domingo
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou a retirada de conteúdos considerados falsos postados por André Janones (Avante-MG) em suas redes sociais sobre a relação de Jair Bolsonaro (PL) com o ataque de Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da PF neste domingo.
Durante o curso dos acontecimentos, Janones publicou diversas mensagens no Twitter enfatizando a relação de Bolsonaro com Jefferson. Ele chegou a dizer que o cacique petebista seria um “coordenador de campanha” de Bolsonaro, o que se sabe não ser verdade, e que o presidente apoiava o ato criminoso de seu aliado político.
Moraes concedeu liminar em favor da campanha de Bolsonaro e determinou a remoção imediata de sete publicações de Janones das redes sociais, sob pena de multa diária de 100.000 reais. A mesma pena se aplica às empresas donas das redes, intimadas também a derrubarem os conteúdos. Moraes ainda estipulou multa de 100.000 reais a Janones caso ele não se “abstenha de promover novas manifestações sobre os fatos tratados na presente representação”.
Em seu pedido à corte eleitoral, a campanha de Bolsonaro afirmou que o presidente repudiou o ataque de Jefferson aos policiais e que Janones promoveu propaganda irregular de campanha ao associá-lo ao episódio. Segundo a equipe jurídica da campanha, o deputado adota uma “lastimável estratégia de indução de efeitos psicológicos negativos sobre o candidato à reeleição”.
“De forma imediata à divulgação das notícias envolvendo o lamentável, ilegal e ilegítimo confronto violento de Roberto Jefferson com a Polícia Federal, se negando a cumprir ordem emanada pela Suprema Corte, o Representado, André Janones, de forma vil e com o intuito de se aproveitar de uma situação abominável para angariar votos para através de informações sabidamente falsas, iniciou uma série de postagens tentando associar Roberto Jefferson à coordenação da campanha Presidencial de Jair Bolsonaro à reeleição para o cargo de Presidente da República, bem como o apoio deste aos atos criminosos perpetrados contra a Polícia Federal na data de hoje”, diz a representação.
Moraes acolheu o pedido da campanha e deferiu a liminar, “em virtude da afirmação de apoio do candidato aos atos criminosos ser fato sabidamente inverídico e de narrativa manipulada”.