Ministro de Lula quer nacionalizar ação do PR contra desperdício de comida
Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, visitou instalação do programa “Banco de Alimentos – Comida Boa” a convite de Ratinho Júnior
O ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que o programa do governo de Ratinho Junior (PSD) no Paraná pelo desperdício zero de alimentos nas centrais de abastecimento pode ser replicado em todo o país.
A convite do governador, Teixeira visitou a indústria de processamento de alimentos em Curitiba na última sexta-feira. No ano passado, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, já havia conhecido a iniciativa.
Atualmente, no programa “Banco de Alimentos – Comida Boa”, cerca de 440 toneladas de alimentos que não podem mais ser vendidos são reaproveitados todo mês por meio de doações diretas e parcerias com 342 instituições sociais, beneficiando cerca de 1,3 milhão de pessoas.
São comidas in natura processadas e embaladas a vácuo ou molhos e sopas prontas. O que não pode ser reaproveitado é destinado para criadores de animais. Antes do programa, todo esse volume de alimentos era jogado no aterro sanitário.
“Essa é uma bela iniciativa porque ela reúne muitas lições. A primeira lição é não ter desperdício na sociedade brasileira. A segunda lição é fazer com que esses alimentos que são aproveitados possam ir para a mesa do povo, para as instituições sociais, para os hospitais, escolas e que também as pessoas que vivem aqui na região possam se alimentar com alimento fresco”, afirmou o ministro.
Segundo Teixeira, o Comida Boa do Paraná pode inspirar políticas nacionais. “Queremos replicar essa experiência em todo o Brasil. Queremos que ninguém tenha menos que três refeições ao dia, que o Brasil saia do mapa da fome, que tenha uma alimentação saudável”, disse.
Ele também elogiou o emprego de pessoas privadas de liberdade no projeto. As mulheres que trabalham na cozinha fazem parte de uma parceria do Ceasa com a Polícia Penal. “Muito importante também trazer essas pessoas que estão em programas de ressocialização, porque aqui tem uma porta de entrada delas para o mercado formal de trabalho, para a formação”, declarou o ministro.