O Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar suposta improbidade administrativa do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e outras seis pessoas durante a gestão petista.
O caso estava com a Justiça Federal, que em abril apresentou inquérito civil a partir de delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, com a Lava-Jato. Por apurar irregularidades que teriam ocorrido em São Paulo, as diligências foram transferidas na última semana para o MP estadual.
No inquérito, o promotor de Justiça Silvio Antonio Marques pontua que a prescrição dos fatos é em dezembro deste ano e pede urgência no atendimento das solicitações do procedimento.
Segundo a delação à Lava-Jato, Léo Pinheiro teria sido procurado após as eleições municipais, no início de 2013, por João Vaccari Neto. O ex-tesoureiro do PT teria solicitado o pagamento de 5 milhões de reais referente à quitação de uma dívida de campanha de Haddad.
A contrapartida, diz o inquérito, seria a manutenção do contrato da OAS com a prefeitura na continuidade da Avenida Jornalista Roberto Marinho.
Na delação, Léo Pinheiro afirma ainda que o ex-secretário de governo de Haddad, Antônio Donato, e o então tesoureiro da campanha petista, Francisco Macena, estavam cientes das negociações com Vaccari. Ambos também são investigados pelo Ministério Público.