Investigado pelo desvio de verba do fundo de pensão dos Correios, Milton Lyra pediu, na sexta-feira, o trancamento da ação penal sobre lavagem de dinheiro e organização criminosa. Para a defesa de Lyra, a suspeita de crime se baseia apenas na delação premiada de Alessandro Laber, que, segundo os advogados, “não são narrativas passíveis de confirmação”.
O pedido de liminar pelo fim da ação se refere a Operação Rizoma, desdobramento da Lava-Jato, que prendeu, em 2018, além de Milton, o empresário Arthur Machado e o ex-secretário nacional de comunicação do PT, Marcelo Sereno — que teve a ação suspensa em 2022.
Ano passado, o TRF-1 arquivou o caso de Arthur Machado, réu a partir da mesma investigação sobre desvio de recursos dos fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Sepros (da empresa pública de tecnologia de informação, Sepro).
Apontado em outras operações da PF como operador do MDB no Senado, Milton Lyra saiu, em 2018, da prisão preventiva, que configuraria “constrangimento ilegal”, segundo habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do STF.