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“Me xingava de puta, vagabunda…”, diz ex-mulher do filho de Lula

Ao Radar, Natália Schincariol relata drama vivido durante o relacionamento abusivo que manteve com Luís Cláudio Lula da Silva

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 abr 2024, 20h33 - Publicado em 2 abr 2024, 19h30

Ex-companheira do filho caçula de Lula, a médica Natália Schincariol confirmou ao Radar o teor do boletim de ocorrência eletrônico registrado por ela contra Luís Cláudio Lula da Silva, nesta terça-feira, na Delegacia da Mulher, em São Paulo. 

“Eles (a imprensa) focam nas agressões, mas foram mais de 30 traições. Eu peguei o celular dele e descobri todas. Pedi para ele sair de casa e disse que iria conseguir uma medida protetiva. Sempre que falava isso, ele me ameaçava, dizendo que era filho do presidente, que o pai resolveria tudo”, diz Natália.

No boletim de ocorrência — o caso foi revelado mais cedo pelo jornalista Arthur Guimarães, do Metrópoles, a médica relata uma agressão sofrida em janeiro deste ano, quando levou “uma cotovelada na barriga” durante uma briga. Ao Radar, ela confirma o episódio e diz que tem outras provas contra o ex-companheiro para demonstrar na Justiça tudo o que sofreu nas mãos de Luís Cláudio.

“Tenho áudios dele confirmando as traições. Tenho mensagens de texto que registram tudo. Ele chegava em casa com presentes que ganhava das amantes e colocava tudo na mesa, com as cartas, para que eu olhasse”, diz Natália ao Radar.

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“Ele falava: ‘traí mesmo, traí mesmo. Você não é psiquiatra? Por que você está triste assim? Levanta. Você não é psiquiatra? Por que está de cama desse jeito, por que está sofrendo desse jeito? Traí. Aconteceu. E aí?'”, diz Natália.

E o que ele falava quando você dizia que queria que ele saísse de casa e que iria pedir uma medida protetiva?

“Ele falava aquelas coisas do pai dele: ‘se você pedir uma medida protetiva, sua vida vai acabar. Meu pai liga na hora para o juiz’”, diz Natália.

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Você viveu muito tempo esse drama?

“Não. Na verdade, a gente vivia bem. Tinha aqueles sinais de um homem abusivo. Às vezes me mandava trocar de roupa, porque não gostou da minha roupa. Me afastava dos meus amigos e da minha família. Ninguém prestava. Só ele era bom. Aquela coisa do cara abusivo. Até aí, eu acho que fui passando um pano. Eu amava tanto ele que pensava: deve ser coisa da minha cabeça, ele não fez nada de muito grave. Só que aí ele se mostrou quem ele é quando ele deixou o celular dele aberto em cima da cama e eu vi as mais de trinta traições. Ele estava em aplicativos de sexo, de namoro”, diz Natália.

E o relacionamento de vocês não era aberto.

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“Fechado totalmente. Aí, na hora que eu vi isso — é que o povo focou muito nessa cotovelada, mas não é que ele chegou e me deu uma porrada. Não foi isso –, eu comecei a entrar em desespero, tive uma crise de ansiedade vendo as traições. Eu tava tentando tirar foto porque, o que eu pensei, ele vai falar que sou louca, que eu to inventando, que isso nunca existiu, que não era isso. Então, pensei: vou tirar foto porque ele vai negar. Quando eu comecei a tirar as fotos, ele veio para tentar tirar o celular. Eu puxava o celular e ele puxava o celular até que ele veio e deu essa super cotovelada para eu soltar o celular porque eu tava descobrindo as traições. Aí ele ficou uns dias pedindo para voltar, assumiu tudo, falou ‘ah, eu fiz isso porque estava me sentindo com baixa autoestima e acabei fazendo isso’”, diz Natália.

E tinha xingamento também?

“Depois da infidelidade, quando ele ficou pedindo para voltar e eu não voltei. Foi aí que atacou a ira dele, porque ele tem aquele ego do filho do presidente. ‘Como assim? Ninguém fala não pra mim. Como você não vai voltar comigo? Como você tá falando pra mim que não vai me perdoar? Como você está pedindo para eu sair de casa? Foi aí que ele ficou totalmente irado. Aí começou a me chamar de puta, vagabunda, colocar presente de mulher em cima da mesa. Aí começaram todas as provocações. Do tipo: ‘você não vai me perdoar, então aguente’”, diz Natália.

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Você ainda morava com ele?

“Sim. Ele ainda estava na minha casa. Foi por isso que eu pedi a medida protetiva. Eu pedi educadamente para ele sair de casa, porque não dava mais para morar no mesmo lugar que uma pessoa dessa e ele não queria sair”.

E a Justiça já autorizou a medida?

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“Autorizou rapidamente. Ele já tem visita assistida das filhas do outro casamento. Não sei o que ele fez, mas ele traiu a ex-mulher também. A ex-mulher estava com um bebê de colo, ele largou a mulher para ir morar com a amante. Eu só fui saber do histórico podre dele agora. Se eu soubesse que ele é o tipo de cara que, numa pandemia, larga a mulher com um bebê de colo para ir morar com a amante, eu jamais teria me relacionado com ele. Só que só apareceu a podridão agora. Eu prestei minha empatia para ex-mulher dele. Coitada, deve ter sofrido muito. A própria amante, que foi a pessoa que ele foi morar, também veio falar comigo, prestou empatia, falou que ele manipulou, envolveu ela emocionalmente falando que não era mais casado. Ele mentiu para poder ficar com ela. E hoje ele assumiu um relacionamento no Instagram dele com uma das amantes que ele me traiu. Postou foto com ela em um evento do União Brasil com uma bolsonarista. Ela é bolsonarista. E ele no meio de um monte de bolsonarista. Não dá para entender. Ele está louco”, diz Natália.

Nenhuma mulher espera viver esse tipo de situação, estar nesse lugar. O que você quer que aconteça?

“O meu único propósito – eu não queria que tivesse vazado, mas eu imaginei que isso poderia vazar. A única coisa que eu queria é fazer a divisão das nossas coisas, que ele saia de casa e vá procurar outro lugar. Eu vou pedir indenização por danos morais, mas não vou querer dinheiro, vou pedir na Justiça que ele preste serviço em algum órgão de combate à violência contra a mulher”, diz Natália.

Você espera que a sua coragem de denunciar e se expor ajude outras mulheres a fazer o mesmo?

“Totalmente. Principalmente as mulheres que estão com alguém que tem prestígio e visibilidade, um privilégio social, essas são as mais silenciadas. Eu estou há três meses para pedir essa medida protetiva e não criava coragem. Eu pensava: e se vir a público? Ele vai acabar com a minha vida. E agora? Todo mundo tem que denunciar, mas quando envolve uma questão pública e social você sente mais medo ainda porque a pessoa é poderosa e você não é nada”, diz Natália.

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