O MDB de São Paulo afirmou em nota que vai acionar a Justiça contra a fala de Lula, que pediu voto no pré-candidato à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos. O presidente e o deputado do PSOL estiveram juntos na Arena do Corinthians, em ato organizado por centrais sindicais para marcar o dia 1º de maio.
“A postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é uma afronta à legislação eleitoral vigente. Face a isso, o Diretório Municipal do MDB de São Paulo tomará as medidas jurídicas cabíveis. Eleição não é guerra e a população paulistana não pode ser a vítima”, diz nota assinada pelo presidente do diretório municipal do MDB, Enrico Misasi.
“O povo de São Paulo merece uma eleição justa, com debates propositivos sobre a cidade e pré-candidatos que não se coloquem acima da lei. A ousadia de Lula num ato esvaziado e com público controlado é mais um alerta aos paulistanos: não podemos deixar que São Paulo sirva de trampolim para o projeto de poder que a extrema esquerda tem para o Brasil”, segue o comunicado do partido do atual prefeito, Ricardo Nunes.
A pré-campanha de Boulos diz que o anúncio é “cortina de fumaça” e acusa o adversário de usar agendas oficiais da prefeitura para promover a tentativa à reeleição.
“Ricardo Nunes tenta criar uma cortina de fumaça para despistar o uso de eventos oficiais da Prefeitura, realizados com dinheiro público, para a promoção de sua candidatura à reeleição – como já noticiado pela imprensa. Ele é quem deve explicações à sociedade”, diz Josué Rocha, coordenador da pré-campanha psolista em São Paulo.
Outros envolvidos na disputa também anunciaram que tomaram medidas contra o suposto crime eleitoral cometido pelo petista. Pré-candidata do Partido Novo, Marina Helena vai acionar a Justiça Eleitoral por propaganda antecipada, assim como o deputado Kim Kataguiri, do União Brasil, que acionou o Ministério Público Eleitoral.