Durante o seu discurso de posse neste domingo, Lula disse que o seu novo governo não adotará postura revanchista contra políticos e cidadãos que contestaram o resultado das eleições presidenciais deste ano e que participaram de atos e mobilizações de cunho golpista.
Ele afirmou que não haverá perseguição ideológica a essas pessoas que, no entanto, deverão sofrer as consequências legais de seus atos. O agora presidente empossado afirmou que parte dos seus adversários políticos tomaram posições inspiradas no fascismo.
“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal. O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com a verdade. Ao terror e à violência, responderemos com as leis e suas mais duras consequências”, disse.
Lula defendeu o Estado Democrático de Direito e lembrou do bordão, cunhado no fim do regime militar brasileiro, que dizia “ditadura nunca mais”. “Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”, disse.