O presidente Lula afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro — citado como “nosso adversário” — “estava preparando um golpe” que deveria ocorrer no dia da sua diplomação como vencedor das últimas eleições. E disse que “eles foram pegos de surpresa” porque ele alterou a data da cerimônia de 18 para 12 de dezembro. O petista deu as declarações ao ser questionado em sua live semanal sobre o aniversário de um ano da sua vitória nas urnas, completado nesta segunda.
“O que vem na minha cabeça é que nós tivemos o ano possivelmente de maior quantidade de mentiras contado no Brasil desde que o Brasil foi descoberto. Acho que nunca se mentiu tanto, porque o nosso adversário contava mentira por segundo, ele fazia questão de acordar mentindo e deitar mentindo, ele fazia questão de inventar coisas pra contar pro povo, ele fazia questão de inventar remédio pra quem tava doente com Covid, ele fazia questão de inventar mentira sobre a economia”, declarou Lula, no “Conversa com presidente”.
Na sequência, ele comentou que fazia “parte do DNA dele a quantidade de mentiras que era contada por dia na sociedade com uma máquina de fazer mentira que até então a gente não tinha conhecimento”.
“A nossa vitória foi uma vitória, eu diria, tão maiúscula que ele [Bolsonaro] ficou nocauteado, ele ficou dentro de casa um mês, porque não sabia o que fazer, porque a quantidade de dinheiro que eles jogaram durante o processo eleitoral, a quantidade de utilização da máquina pública para tentar evitar de perder as eleições foi de tamanha magnitude que, quando ele perdeu, ele entrou em parafuso. Ele se trancou dentro de casa, ficou chorando, lamentava. Tem gente que diz que teve dia que ele falava, teve dia que ele não falava. E na verdade ele tava preparando um golpe. E tava preparando um golpe que era pra ser no dia da minha diplomação. Como eu mudei a diplomação do dia 18 pro dia 12, eles foram pegos de surpresa. Mesmo assim, no dia 12, quando eu fui diplomado, fizeram aquele carnaval, enfrentaram a Polícia Federal, tocaram fogo em ônibus aqui no centro de Brasília, com a proteção da polícia. Eu estava no hotel e eu estava vendo tudo o que estava acontecendo”, afirmou.
Para concluir a resposta, ele disse que o ano após a sua eleição foi “glorioso para a democracia brasileira, porque o povo que pensa na verdade, que quer construir um Brasil saudável, humanitário, que as pessoas vivam felizes, que construam as suas famílias com a maior delicadeza, com o maior respeito, esse povo venceu as eleições”.