Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Radar

Por Gustavo Maia (interino) Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Joias e presentes desviados por Bolsonaro valiam R$ 6,8 milhões, aponta PF

"Valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente", diz relatório da investigação

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2024, 17h43 - Publicado em 8 jul 2024, 15h21

A Polícia Federal calculou em pouco mais de 6,8 milhões de reais o valor de mercado dos presentes e joias recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e desviados pela atuação ilícita da associação criminosa integrada por ele. O cálculo consta no relatório final de 476 páginas sobre a investigação da venda ilegal dos bens, encaminhado para o relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes — que tirou o sigilo sobre o inquérito nesta segunda-feira (8).

ATUALIZAÇÃO: Na conclusão do documento, o valor apontado pelo delegado Fábio Alvares Shor é diferente e muito maior: 4.550.015,06 dólares (25.298.083,73 reais). Mas a estimativa correta é de 1.227.725,12 dólares. A PF já enviou uma retificação ao Supremo.

O relatório aponta que “os elementos acostados nos autos evidenciaram a atuação de uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República JAIR BOLSONARO e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais, entregues por autoridades estrangeiras, para posteriormente serem vendidos no exterior”.

“Identificou-se, ainda, que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. Dentro da estratégia traçada, o grupo investigado utilizou a estrutura do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica — GADH para ‘legalizar’ a incorporação dos bens de alto valor, presenteados por autoridades estrangeiras, ao acervo privado do ex-presidente da República JAIR BOLSONARO”, acrescentou o delegado.

Continua após a publicidade

“Após a divulgação, em março de 2023, de matérias jornalísticas relatando o recebimento de kits de joias por integrantes do governo brasileiro em nome do ex-presidente JAIR BOLSONARO, oferecido por autoridades estrangeiras, a associação criminosa estruturou uma operação clandestina para recuperar os bens, que estavam em estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos, planejando, coordenando e executando os atos necessários para escamotear a localização e movimentação dos bens desviados do acervo público brasileiro e tornar seguro, mediante ocultação da localização e propriedade, os proventos obtidos com a venda de parte dos bens desviados”, relatou Shor.

O delegado registrou ainda que dados encaminhados por meio de Auxílio Jurídico em Matéria Penal (MLAT) com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos evidenciaram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, vendeu um relógio Ebel Sport Classic, modelo 1216432, e um kit contendo um relógio Girard Perregaux Earth to Sky Edition Watch, uma caneta e um conjunto de abotoaduras, presenteado por autoridades estrangeiras a ele, quando em viagem oficial em outubro de 2019 ao Oriente Médio.

“Em termo de depoimento, na condição de colaborador, MAURO CID confirmou que recebeu os presentes em viagem oficial e posteriormente os vendeu nos Estados Unidos. De acordo com o colaborador, após consulta, a Comissão de Ética da Presidência da República autorizou o servidor a ficar com os presentes. Diante do exposto, os elementos de prova colhidos corroboram as hipóteses criminais enunciadas na presente investigação, demonstrando autoria e materialidade dos fatos apurados, fundamentando os indiciamentos descritos”, assinalou o chefe da investigação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.