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John Textor diz que vai financiar VAR automático para jogos do Brasileirão

Em carta aberta, sócio majoritário da SAF do Botafogo diz que nunca acusou o Palmeiras de comprar árbitros ou adversários para ganhar partidas

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jun 2024, 17h12 - Publicado em 6 jun 2024, 14h58
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  • O sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, afirmou em carta aberta publicada em seu site nesta quinta que se compromete a adquirir o sistema de VAR automático e licenciá-lo gratuitamente à CBF e outras autoridades do futebol, além de viabilizar a instalação de até 11 câmeras com a tecnologia em cada estádio da série A do Brasileirão.

    “Essa nova tecnologia é capaz de detectar, por meio de visão computacional de alta resolução, o comportamento e movimentação a cada milissegundo dos jogadores e dos árbitros de futebol no campo. Isso naturalmente não só contribuirá para coibir atos suspeitos, como também garantirá a melhora na tomada das decisões difíceis durante as partidas”, escreveu o bilionário americano.

    Na quarta à noite, Textor publicou em sua conta no Instagram a gravação da revisão de VAR do lance que resultou na expulsão de um zagueiro do Botafogo durante a derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, no Estádio Nilton Santos, no Rio, em 1º de novembro de 2023. O empresário buscou mostrar que a equipe do VAR omitiu do árbitro de campo um ângulo de câmera que mostra que o jogador expulso chutou a bola antes de atingir o adversário.

    Em reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas nesta quinta, o chefe de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, declarou que a equipe do VAR não tem obrigação de mostrar todos os ângulos de câmera ao árbitro principal e “pode escolher” quais imagens enviar à cabine no campo.

    O senador Carlos Portinho (PL-RJ) reagiu dizendo que, no lance da expulsão em Botafogo 3 x 4 Palmeiras, a imagem mostrando que houve toque na bola antes do choque com o jogador alviverde foi “suprimida” do árbitro de campo. 

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    “Se o árbitro de campo tivesse acesso a essa imagem, a decisão dele seria completamente diferente”, afirmou Portinho. “Isso é manipulação de imagem. E isso, para mim, Seneme, foi a coisa mais séria e que justifica… Quando eu falo que é indício, isso justifica uma investigação ser aberta pelo Ministério Público.”

    Em sua carta aberta, John Textor escreveu que, embora já tenha dito que o Palmeiras “se beneficiou da manipulação das partidas”, nunca teria afirmado “que o time ou qualquer individuo participou ativamente de esquema de corrupção”. 

    “As minhas declarações acerca da gravidade da prática de manipulação das partidas apenas têm por objetivo contribuir para a apuração dos ilícitos trazidos ao conhecimento da CPI. Meu objetivo nunca foi fazer acusações em relação a pessoas ou times específicos”, disse o dono da SAF do Botafogo.

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