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Interventor da Segurança do DF afirma que invasão foi ‘ação profissional’

Ricardo Cappelli apresentou nesta sexta detalhes do relatório que será analisado pelo STF

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jan 2023, 18h00 - Publicado em 27 jan 2023, 13h32
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  • O interventor federal de Segurança no DF, Ricardo Cappelli, disse nesta sexta que houve uma “ação profissional” para romper a linha de defesa à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Conforme a apuração, uma sucessão de fatores facilitaram a invasão à Praça dos Três Poderes e a consequente destruição dos prédios do Planalto, Congresso e STF

    As informações constam em relatório entregue à Suprema Corte. O documento detalha movimentações dos golpistas no mês de janeiro, em Brasília. Cappelli afirmou que imagens das câmeras da Secretaria de Segurança mostram como os gradis foram rompidos. 

    “O vídeo também é bastante impressionante,  você vê ali a presença de uma ação organizada, de uma ação profissional”, afirmou. 

    “Tem pessoas com rádios, comunicadores e é impressionante como, num dado momento, todos se levantam ao mesmo tempo, puxam a primeira linha de gradis que ela cai de ponta a ponta puxada. No vídeo, isso fica claro. Não é uma coisa que uma pessoa puxou um gradil, outra pessoa puxou outro. Há um movimento coordenado”, seguiu. 

    Cappelli relata ainda falhas operacionais e no planejamento das forças de segurança. Os gradis foram montados de forma inadequada, nove comandantes estavam de férias no dia 8 de janeiro, e a linha de frente para impedir o avanço dos golpistas foi composta por alunos do o curso de formação da Polícia Militar que não estavam com o equipamento de segurança adequado, como o exoesqueleto.  

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    O interventor ressaltou que houve alerta da inteligência na sexta-feira, dia 6 de janeiro. Mesmo assim, a Secretaria de Segurança, sob comando de seu antecessor, Anderson Torres, não se preparou de maneira contundente para frear os ataques que depredaram as sedes dos três poderes.

    O gabinete do secretário recebeu a informação”, declarou Cappelli. “Não houve um plano de ações integradas que é de praxe. A informação, difundida na internet, previa invasão de prédios públicos. Faltaram comando e responsabilidade”, complementou.

    Detalhes do relatório

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    Estrutura organizacional da Segurança Pública do DF;

    Eventos prévios ao atentado: detalhamento dos acampamentos próximos ao QG; manifestações golpistas dentro e fora dos acampamentos; a posse presidencial; nomeação de Anderson Torres como secretário de Segurança Pública do DF; exonerações da cúpula da Segurança Pública do DGF;

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    O atentado de 8 de janeiro: Trabalho da inteligência; fotos e vídeos; linha do tempo;

    Conclusões: Os acampamentos serviram como “apoio logístico” ao atentado; tentativas de desmobilização dos acampamentos  foram frustradas, “sendo algumas operações interrompidas já em andamento e com tropas da segurança pública no terreno, por orientação do Exército Brasileiro”; não houve falta de informações da inteligência; falta de efetivo à disposição diante dos alertas da inteligência e falta de planejamento operacional; demora para ação das forças de segurança; atitude passiva e a ausência de qualquer planejamento pelo Departamento de Operações da PM; Comandante Geral da Polícia Militar do Distrito Federal perdeu a capacidade de liderar seus comandados durante o atentado; e nove comandantes estavam de férias.

    As 62 páginas do relatório podem ser lidas na íntegra. As informações foram obtidas por meio de dados do Gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), pela Subsecretaria de Operações Integradas da SSP/DF (SOPI), pela Subsecretaria de Inteligência da SSP/DF (SI), além de outros elementos obtidos em fontes abertas.

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