No último feriado de 7 de setembro, Jair Bolsonaro tornou-se assunto dentro e fora do país ao exaltar a própria virilidade no alto de um trio elétrico, durante um discurso para milhares de apoiadores na Esplanada dos Ministérios. Abraçado à primeira-dama Michelle, o presidente puxou o coro: “Imbrochável, imbrochável, imbrochável”.
O presidente pode ter esquecido a entrevista que concedeu a Playboy em 2011, mas a revista, ainda guardada por colecionadores, registra uma conversa com Bolsonaro que desmonta o “estilo durão” do presidente. Em termos atuais, o brado de “imbrochável” não passa de uma… fake news.
Em junho de 2011, Bolsonaro era um parlamentar do baixo clero da política muito aberto a falar sobre a própria vida sexual e seus preconceitos sobre sexualidade. Ele deu uma longa entrevista para a Playboy. Nela, falou de suas preferências no sexo “com uma mulher”, falou sobre regras na cama “entre quatro paredes”, a possibilidade de ganhar “uma dedada” da parceira durante o ato, deu opinião sobre sexo anal e falou sobre o trauma da primeira experiência num exame de próstata, aos 49 anos.
O presidente admitiu o desconforto, lembrou do tamanho da unha do médico, mas defendeu o procedimento. A revista questionou se Bolsonaro tinha medo do exame por receio de “gostar”. Bolsonaro não fugiu da resposta:
“Não, sou macho. Você violenta a tua formação, os teus princípios, mas sabe que aquilo é para ter uma vida sexual saudável. É constrangedor, mas, por favor, façam!”, disse Bolsonaro.
O presidente foi questionado se sexo era “importante” para ele. “Estou com 56 anos, e, sim, é importante. É lógico que a minha atividade sexual não é a mesma de quando eu tinha 20, 30 anos, mas ela existe, tanto que casei de novo (com Michelle, em 2008). Com o passar do tempo você fica ali em duas por semana, três por semana. E pode cair, né”, disse Bolsonaro.
A revista aproveitou a deixa: “Já caiu, deputado?”
“Lógico! Quem nunca brochou está mentindo, pô (Risos)”, admitiu Bolsonaro.
Leia o trecho da entrevista: